Horas depois de Jair Bolsonaro participar de um desfile de tanques de guerra e outros veículos militares promovido pela Marinha em frente ao Palácio do Planalto, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), afirmou que continuará a defender “o Estado de Direito e a democracia no Brasil”.
“Em alguns momentos em que se acirram os ânimos e se discutem ideias de maneira mais agressiva, nós devemos afirmar, pelo Congresso Nacional, a nossa posição de absoluta e plena obediência à Constituição Federal e ao Estado de Direito. Quero dizer que, para cada palavra, apontamento ou fato que possa constituir alguma ameaça ou risco às nossas balizas democráticas, sempre haverá pronta reação do Congresso para afirmar aquilo que temos de mais sagrado: o ambiente do Estado Democrático de Direito”, disse Pacheco na abertura da sessão plenária desta terça-feira 10.
“Sobre esse desfile de tanques em Brasília, devo dizer que está reafirmado o nosso compromisso com a democracia, e absolutamente nada nem ninguém haverá de intimidar as prerrogativas do Parlamento”, prosseguiu. Pacheco, no entanto, afirmou não interpretar o exercício militar “como algo consistente de intimidação do Parlamento”.
“Sem supervalorizar, mas absolutamente atentos a todas as manifestações que possam constituir algum tipo de constrangimento ou intimidação ao Congresso, estaremos todos nós prontos a reagir a arroubos, bravatas e ações que não calham no Estado Democrático de Direito”, completou o presidente do Senado.
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