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Em 2 anos, Gonet perde 6 votos na CCJ do Senado
Resta a votação no plenário, que deve ocorrer ainda nesta quarta-feira 12
A Comissão de Constituição e Justiça do Senado aprovou nesta quarta-feira 12 a recondução do procurador-geral da República, Paulo Gonet, para um novo mandato de dois anos. Resta ainda a votação no plenário, que deve ocorrer nesta noite.
Na CCJ, o placar foi de 17 votos favoráveis e 10 contrários. Em dezembro de 2023, quando o colegiado votou a indicação de Gonet para seu primeiro mandato, o placar foi de 23 votos “sim” e 4 “não”.
Há dois anos, o plenário do Senado chancelou a indicação com 65 votos a favor, 11 contra e uma abstenção (eram necessários pelo menos 41 votos “sim”).
Na sabatina desta quarta-feira na CCJ, senadores bolsonaristas criticaram o trabalho de Gonet especialmente por seu papel na investigação da trama golpista, que resultou em uma condenação de 27 anos de prisão para o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
“O senhor aceitou passivamente o Ministério Público ser esculhambado. Não defendeu as prerrogativas constitucionais da instituição que deveria representar”, alegou Flávio Bolsonaro (PL-RJ) em um dos momentos de tensão na audiência.
Outros senadores, porém, saíram em defesa do PGR. Relator da indicação, Omar Aziz (PSD-AM) o elogiou por não ser midiático. “Ele trata as questões nos autos, e não pela imprensa, tentando ganhar um like a mais. O Judiciário brasileiro tem que se pautar pelos autos, não se pautar pela opinião publica de um modo geral.”
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