Do que trata a investigação da PF contra Tarcísio de Freitas

Apuração analisa se campanha do governador teria disseminado versão falsa sobre atentado visando ganho eleitoral

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas. Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil

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O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos) é investigado pela Polícia Federal por suposto crime eleitoral durante um evento de campanha em 2022, em Paraisópolis, na capital paulista. A informação é do jornal O Estado de S. Paulo desta segunda-feira 23.

Na ocasião, a agenda foi interrompida por um tiroteio próximo ao local onde estava o candidato. Bolsonaristas, na época, sustentaram nas redes a versão de que o tiroteio seria um atentado político. O fato, no entanto, não tinha ligação com a presença de Tarcísio no local.

Na investigação, a Polícia Federal apura se teria partido da campanha do atual governador a versão controversa de que Tarcísio teria sofrido um atentado, visando impulsionar a popularidade do ex-ministro de Bolsonaro.

Segundo o jornal, a denúncia que motivou a abertura de investigação partiu de matérias publicadas com declarações do ex-cinegrafista da emissora Jovem Pan, Marcos Vinícius Andrade. Nessas matérias, ele diz ter sido pressionado por assessores do então candidato a deletar filmagens que supostamente mostravam seguranças da equipe de campanha atirando contra o homem que morreu naquele tiroteio, “possivelmente para simular um atentado fraudulento”.

Uma investigação já encerrada da Polícia Civil concluiu que o disparo que causou a morte de um homem partiu da arma de um policial militar. 

Em nota, a assessoria de Tarcísio disse que o caso já foi investigado e que “não houve ingerência política eleitoral no episódio” e, portanto, “não há o que ser averiguado pela Polícia Federal”. A PF, por sua vez, não comentou a apuração em andamento citada pelo jornal.


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