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‘Deve ser constrangedor para Moro sabatinar Zanin’, ironiza Paulo Pimenta
Moro, assim como Flávio Bolsonaro e Marcos do Val, faz parte da lista de opositores de Lula que integram a CCJ, colegiado que irá sabatinar o indicado ao STF
O ministro da Secretaria de Comunicação Social do governo federal, Paulo Pimenta, ironizou, nesta sexta-feira 2, a posição de Sergio Moro (União-PR) sobre a indicação de Cristiano Zanin para o Supremo Tribunal Federal. O ex-juiz será um dos sabatinadores do advogado na Comissão de Constituição de Justiça do Senado Federal.
“Acho que deve ser constrangedor para o Moro ter que sabatinar o Cristiano Zanin porque, na realidade, o Moro é uma pessoa que construiu uma trajetória se afirmando como alguém da não política, dizendo muitas vezes que não iria para a política”, disse Pimenta ao Estadão.
A avaliação do ministro ocorre após críticas de Moro pela escolha de Lula em indicar o advogado dos casos da Operação Lava Jato. O incomodo de Moro se dá, entre outros motivos, porque partiu de Zanin o habeas corpus que derrubou as decisões de Moro e fez com que o ex-juiz fosse considerado parcial e incompetente no julgamento.
Em outra frente de irritação do ex-juiz está o próprio cargo de ministro do STF. Desde que deixou o cargo de juiz da Lava Jato para ocupar o posto de Ministro da Justiça de Bolsonaro, contrariando suas próprias promessas, havia a expectativa de que Moro fosse levado ao posto de ministro do Supremo pelo ex-capitão. A possibilidade foi confirmada pelo próprio ex-presidente, que alegou que o seu antigo aliado tentou usar a indicação do cargo como moeda de troca durante sua passagem pelo governo. Após o rompimento entre os dois, Bolsonaro indicou Kassio Nunes Marques e André Mendonça, este substituto de Moro na Justiça.
O ex-juiz atualmente ocupa uma cadeira no Senado e é membro da CCJ, que irá sabatinar Zanin no Senado. A expectativa é que o indicado de Lula seja ouvido ainda antes do recesso no Congresso Nacional. No colegiado estão outros opositores de Lula, como Marcos do Val e Flávio Bolsonaro.
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