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Desigualdade caiu nos governos do PT e voltou a subir com Temer, mostra estudo inédito
Estudo do instituto Insper mostrou que desigualdade de renda caiu entre 2002 e 2015 e só voltou a subir após golpe
Um estudo inédito do Instituto Insper mostrou que a desigualdade de renda no Brasil caiu nos governos de Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, do PT, e só voltou a subir com a chegada de Michel Temer (MDB) ao poder em 2016. Os resultados preliminares do levantamento foram divulgados pelo jornal Folha de S. Paulo neste sábado 23.
Segundo o estudo, entre 2002 e 2015 a desigualdade caiu de forma ininterrupta, com a renda anual registrando crescimento acima da média de 3% em quase todas as fatias da população adulta. A ‘exceção’ de crescimento neste período foram os mais ricos, com aumento de renda que variou de 2,5% a 2,9%.
O resultado fez com que mais de 16 milhões de brasileiros saíssem da linha da pobreza entre 2002 e 2017, motivados, sobretudo, pelo maior acesso à educação, de acordo com os pesquisadores.
A queda na desigualdade leva em conta o índice de Gini, que varia de 0 (país menos desigual) a 1 (país mais desigual). Neste período o Brasil passou de 0,583 para 0,547, segundo o levantamento.
Os detalhes finais e metodológicos do estudo dos pesquisadores do Insper ainda serão divulgados nesta segunda-feira 25.
“Levando em consideração outras informações (sobre consumo de diversos tipos de bens, por exemplo), me convenci de que houve queda da desigualdade no Brasil de 2001 a 2014”, disse ao jornal o pesquisador Rodolfo Hoffmann, da USP, que participará como debatedor na divulgação oficial do estudo.
Além dos resultados obtidos, os pesquisadores ainda alertaram que a desigualdade que voltou a aumentar com a chegada de Temer pode ser ainda pior ao fim da pandemia e com as políticas educacionais de Jair Bolsonaro.
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