Delgatti monitorava o Telegram de Paulo Guedes em tempo real, diz decisão judicial

O hacker foi condenado no âmbito da Operação Spoofing, deflagrada para apurar a invasão de celulares de autoridades

O hacker Walter Delgatti em depoimento à CPMI do 8 de Janeiro. Foto: Geraldo Magela/Agência Senado

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Na decisão em que condenou Walter Delgatti a 20 anos e um mês de prisão, o juiz Ricardo Leite, da 10ª Vara Federal Criminal do Distrito Federal, afirmou que o hacker “monitorava em tempo real” a conta de Telegram do então ministro da Economia, Paulo Guedes, além de outros trinta perfis.

A condenação de Delgatti ocorreu no âmbito da Operação Spoofing, deflagrada para apurar a invasão de celulares de autoridades, a exemplo de procuradores da Lava Jato.

A ação de hackers deu origem à série de reportagens conhecida como Vaza Jato. As matérias decorrentes dos diálogos expuseram a proximidade extraoficial entre integrantes do Ministério Público Federal envolvidos na operação, liderados por Deltan Dallagnol, e magistrados responsáveis por julgar os processos, especialmente Sergio Moro.

Segundo a Polícia Federal, 126 pessoas foram vítimas do crime de interceptação indevida de comunicações telemáticas por Delgatti.

O hacker foi condenado por:

  • invadir dispositivo informático de uso alheio para obter, adulterar ou destruir dados sem autorização;
  • interceptar comunicações telefônicas, de informática ou telemática, ou quebrar segredo da Justiça;
  • organização criminosa; e
  • lavagem e ocultação de bens, direitos e valores.

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