Delator da Odebrecht afirma que foi pressionado para falar de Lula na Lava Jato

Segundo informações de Mônica Bergamo, da Folha de S.Paulo, Alexandrino Alencar concedeu um depoimento inédito para o filme 'Amigo Secreto', que chega aos cinemas nesta semana

Foto: Divulgação Lula/Ricardo Stuckert

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O ex-executivo da Odebrecht Alexandrino Alencar, um dos principais delatores da Operação Lava Jato, relatou em uma entrevista para o filme Amigo Secreto, da cineasta Maria Augusta Ramos, a pressão que diz ter sofrido de procuradores da força-tarefa para envolver Lula em seu acordo de colaboração. A informação foi publicada pela jornalista Mônica Bergamos na tarde deste domingo 12 no site do jornal Folha de S.Paulo.

Ainda de acordo com a publicação, o ex-presidente era “o principal alvo” dos investigadores, que o pressionaram a chegar “ao limite da verdade” para envolver Lula em sua delação. “Era uma pressão em cima da gente”, diz o ex-executivo no longa-metragem. “E estava nítido que a questão era com o Lula.”

O filme tem pré-estreia marcada para esta segunda 13, e entra em circuito nacional na quinta 16.

Os interrogadores, segundo ele, insistiam em questões sobre “o irmão do Lula, o filho do Lula, não sei o que do Lula, as palestras do Lula [a empreiteira contratou o ex-presidente mais de uma vez para falar em eventos]”.

O ex-presidente acabou sendo condenado em 2019 a 12 anos e 11 meses de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro por causa das reformas feitas pela construtora na propriedade.

Dois anos depois, a Justiça extinguiu a punição a Lula, como desdobramento da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que considerou o ex-juiz Sergio Moro suspeito no caso do tríplex atribuído a Lula.


 

 

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