CartaExpressa
Datafolha: Bolsonaro é visto como ruim ou péssimo por quase metade dos eleitores em SP e no RJ
O trabalho do ex-capitão só é avaliado positivamente por 28% dos entrevistados em SP e 27% dos eleitores fluminenses


O presidente Jair Bolsonaro (PL) é considerado ruim ou péssimo por praticamente metade dos eleitores de São Paulo e do Rio de Janeiro, os dois maiores colégios eleitorais do Brasil. Os dados são da mais nova rodada de pesquisas do instituto Datafolha, divulgada neste sábado 9.
Ao todo, Bolsonaro tem 49% das avaliações negativas em São Paulo e outros 48% de eleitores do RJ que o consideram ruim ou péssimo. O trabalho do ex-capitão só é avaliado positivamente por 28% dos entrevistados em SP e 27% dos eleitores fluminenses.
No último levantamento geral do instituto, realizado em março, o ex-capitão recebeu 46% de indicações de ‘ruim/péssimo’ para classificar o seu trabalho. Naquele levantamento, o pior resultado para o governo foi localizado no Nordeste e o melhor no Sul do País.
Vale ressaltar ainda que tanto em São Paulo, quanto no Rio, Bolsonaro garantiu uma votação expressiva na última eleição, obtendo 68% dos votos entre os eleitores da região na disputa contra Fernando Haddad (PT), no segundo turno. É em SP também que se concentra o principal foco de Bolsonaro nas eleições para governadores, tendo seu ex-ministro Tarcísio de Freitas como a principal aposta do ex-capitão nas disputas. No RJ, Cláudio Castro tenta afastar, sem sucesso, seu nome do clã presidencial.
A pesquisa desta semana realizada no RJ e em SP também mostra que a avaliação do presidente piora no segmento das mulheres e entre os mais jovens. Evangélicos e pessoas que integram a faixa média de renda indicam maior aprovação a Bolsonaro.
Para chegar aos resultados, o instituto Datafolha entrevistou 1.218 pessoas no estado do Rio e outras 1.806 no estado de São Paulo. A pesquisa foi realizada entre os dias 5 e 7 de abril e tem margem de erro de dois pontos percentuais em SP e de três pontos no Rio.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.
Leia também

Apoio de Lula é o que mais ajuda e menos atrapalha no Rio de Janeiro, aponta Datafolha
Por CartaCapital
Como Bolsonaro pode atrapalhar Tarcísio de Freitas em SP
Por CartaCapital
Datafolha: Freixo e Castro lideram a disputa pelo governo do Rio
Por CartaCapital