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Críticas ao presidente do BC mostram falta de conhecimento sobre a autonomia, alega Campos Neto

O comandante da autoridade monetária contestou as afirmações do presidente Lula sobre a taxa de juros

Cédula de 200 reais
O presidente do Banco Central do Brasil, Roberto Campos Neto. Foto: Raphael Ribeiro/BCB Presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, no lançamento da nova nota de R$ 200,00. Foto: Raphael Ribeiro/BCB
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O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou nesta segunda-feira 22 que a “personificação” de críticas feitas pelo presidente Lula (PT) demonstra uma suposta falta de conhecimento das regras sobre a autonomia da instituição.

Campos Neto participa de um seminário sobre a autonomia do Banco Central promovido pela Folha de S.Paulo. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), também marca presença na agenda.

Segundo Campos Neto, Lula “tem direito de entrar no debate sobre taxa de juros”, mas avalia que a autonomia do banco “vai no sentido contrário a essa personalização no presidente do BC”.

“Acho que a personificação de uma pessoa demonstra a falta de conhecimento do processo que foi instalado e desse amadurecimento institucional por que o BC vem passando”, prosseguiu. “Mas acho que isso vai, ao longo do tempo, ficando mais claro para sociedade e para o Executivo.”

Ele destacou que a atual legislação assegura a autonomia não só do presidente do BC em relação ao governo, mas dos diretores da instituição ao lidar com o chefe da autoridade monetária.

A taxa básica de juros, a Selic, mantida pelo Comitê de Política Monetária do BC em 13,75% ao ano, está no centro das críticas do governo Lula a Campos Neto. A gestão federal vê o índice como um dos principais obstáculos para o crescimento da economia brasileira em 2023.

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