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Cristina defende ‘deixar de lado’ programa do FMI e diz que dívida pode ser impagável
Na semana passada, a líder peronista reforçou que não será candidata à Presidência na eleição de outubro
A vice-presidenta da Argentina, Cristina Kirchner, fez duras críticas nesta quinta-feira 25 à dívida contraída pelo país com o Fundo Monetário Internacional ainda sob o governo neoliberal de Mauricio Macri.
A líder peronista participou de um ato na Praça de Maio, no centro de Buenos Aires, para homenagear os 20 anos da chegada de Nestor Kirchner à Presidência.
“Se nós, argentinos e argentinas, não conseguirmos que o programa que o Fundo Monetário impõe a todos os seus devedores seja deixado de lado e nos permita desenvolver nosso próprio programa de crescimento, industrialização e inovação tecnológica, será impossível pagá-lo”, afirmou Cristina.
Em meio a uma grave crise financeira, o governo argentino tenta discutir o acordo com o FMI para refinanciar a dívida contraída em 2018 por 44 bilhões de reais (154,5 bilhões de reais, na cotação da época). A contrapartida do banco prevê um programa de forte ajuste fiscal.
Em 16 de maio, Cristina reforçou que não será candidata à Presidência na eleição de outubro. Em dezembro de 2022, já havia anunciado que não se lançaria à disputa, logo depois de ser condenada por corrupção em um caso que ela classifica como mero pretexto para retirá-la, de uma vez por todas, do xadrez eleitoral.
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