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CPMI: bolsonarista investigado pelo 8 de Janeiro tenta se livrar de inquérito no STF
André Fernandes entrou na mira do Supremo por suspeitas de incitação ao crime


O deputado federal André Fernandes (PL-CE) pediu ao Supremo Tribunal Federal o arquivamento do inquérito do qual é alvo por incitação aos atos golpistas de 8 de Janeiro. O bolsonarista integra a CPMI aberta para investigar os ataques às sedes dos Três Poderes.
Autor do requerimento que criou a comissão mista, Fernandes entrou na mira do STF por publicar vídeos convocando para os atos. Após a invasão, o parlamentar postou a imagem da porta de um armário vandalizado do Supremo com o nome de Alexandre de Moraes e a legenda “quem rir vai preso”.
Em maio, a Polícia Federal concluiu que o deputado incitou os atos antidemocráticos que levaram à invasão dos prédios do Executivo, do Legislativo e do Judiciário.
Segundo a defesa de André Fernandes, a PF não teria demonstrado a ligação entre o deputado e os atos de 8 de Janeiro. Os advogados alegam que ele “jamais compactuou com qualquer proposta, sentimento, opinião, manifestação ou ação destinada a atacar o resultado das urnas, tampouco depredar bens e prédios públicos, muito menos interferir no funcionamento de quaisquer dos Poderes da República”.
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