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Corpo de miliciano Adriano da Nóbrega é exumado e passará por perícia
Justiça autorizou o procedimento para apurar novas informações sobre circunstâncias da morte de ex-PM, ocorrida em fevereiro de 2020
O corpo do miliciano Adriano da Nóbrega foi exumado na segunda-feira 12 e passará por novos exames periciais para saber as circunstâncias de sua morte, em fevereiro de 2020.
Segundo inquérito, ele teria atirado por sete vezes contra policiais militares antes de ser alvejado por dois tiros no momento em que tentavam capturá-lo em um sítio que pertence ao vereador Gilsinho da Dedé, do PSL, na cidade de Esplanada, na Bahia. O ex-policial foi alvo da operação que investigava esquema de rachadinha no gabinete de Flávio Bolsonaro. Ele estava foragido desde 2019.
O procedimento, requerido pelo Ministério Público, visa comparar os relatos dos policiais que participaram da ação com as trajetórias dos tiros que atingiram Nóbrega.
Apesar de duas perícias anteriores terem apontado não haver indícios de execução ou tortura, ainda restaram dúvidas quanto à distância do atirador.
Em 2020 a família Bolsonaro contestou as circunstâncias da morte do miliciano. Flávio Bolsonaro e o advogado da família, Frederick Wassef, chegaram a afirmar que Nóbrega havia sido executado pelo governo da Bahia.
O presidente Jair Bolsonaro cogitou uma perícia independente para saber o que havia ocorrido com Nóbrega.
Nóbrega, em 2005, chegou a ser condecorado pelo então deputado estadual Flávio Bolsonaro com a medalha Tiradentes, principal honraria do Legislativo fluminense.
O miliciano era suspeito de comandar um grupo criminoso que cometeu dezenas de homicídios, o Escritório do Crime. O ex-capitão foi expulso da PM por envolvimento com o jogo do bicho.
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