O governador de São Paulo João Doria (PSDB) anunciou na segunda-feira 21 que o Instituto Butantan terá um total de 10,8 milhões de doses da CoronaVac até o dia 31 de dezembro.
O primeiro e maior lote, com 5,5 milhões de doses, chega a São Paulo na quinta-feira 24. No dia 28, serão mais 400 mil. O último carregamento do ano, de 1,6 milhão, chega no dia 30.
Em setembro, o governador anunciou que receber 46 milhões de doses do imunizante até este mês. O total recebido representa, portanto, menos de 25% da meta.
Assinamos contrato com a Sinovac para garantir 46 milhões de doses da Coronavac até dezembro. Apenas com a vacina poderemos voltar à normalidade. Aqui, não mediremos esforços para salvar vidas. Estamos cada dia mais próximos de vencer a guerra contra o coronavírus. pic.twitter.com/1u4QogmJj7
— João Doria (@jdoriajr) September 30, 2020
O caso reflete a preocupação do o infectologista Akira Homma, ex-diretor da Bio-Manguinhos e único brasileiro na lista das “Cinquenta Pessoas Mais Influentes no Mundo das Vacinas”, elaborada pela indústria do setor.
Em entrevista a CartaCapital, ele questionou a viabilidade promessa. “Eu quero saber quantas doses o Butantan vai receber agora. Com toda certeza não irá receber de uma vez as 46 milhões. Deve receber dez milhões de doses, vinte milhões.”
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