Conclusão do inquérito sobre o assassinato de Arruda é ‘afronta à inteligência’, diz presidente do PSOL

A Polícia paranaense descartou motivação política. Jorge Guaranho foi indiciado por homicídio duplamente qualificado

Juliano Medeiros, presidente nacional do PSOL

Apoie Siga-nos no

O presidente do PSOL, Juliano Medeiros, criticou a conclusão do inquérito sobre a morte do tesoureiro do PT Marcelo Arruda pelo policial penal bolsonarista Jorge Guaranho. Segundo o relatório apresentado pela Polícia Civil do Paraná na sexta-feira 15, não se demonstrou motivação política no crime.

Guaranho foi indiciado por homicídio duplamente qualificado, por motivo torpe e por causar perigo comum.

“A conclusão do inquérito é uma afronta à inteligência do povo brasileiro. É óbvio que a motivação foi política”, disse Medeiros em contato com CartaCapital. “O assassino agiu motivado pela intolerância e pelo ódio. Há evidências abundantes nesse sentido.”

À reportagem, o deputado federal Paulo Teixeira (SP), membro da Comissão Executiva Nacional do PT, classificou como “falha” a conclusão do inquérito.

“Eles não consideraram o clima de ódio cultivado pelo presidente da República. Foi um crime político.”

No fim da noite da sexta 15, a delegada Camila Cecconello, responsável pelo inquérito, afirmou que a perícia no celular do assassino pode apresentar fatos novos e mudar os rumos da investigação. Ela deu a declaração à GloboNews horas depois de receber críticas pelo fato de o relatório descartar motivação política.


CartaCapital, integrantes da Comissão Executiva Nacional do partido, como a deputada Maria do Rosário (RS) e Jilmar Tatto, adiantaram que o PT insistirá na federalização do caso, mesmo diante da resistência inicial da Procuradoria-Geral da República.

Para proteger e incentivar discussões produtivas, os comentários são exclusivos para assinantes de CartaCapital.

Já é assinante? Faça login
ASSINE CARTACAPITAL Seja assinante! Aproveite conteúdos exclusivos e tenha acesso total ao site.
Os comentários não representam a opinião da revista. A responsabilidade é do autor da mensagem.

0 comentário

Relacionadas

Um minuto, por favor…

O bolsonarismo perdeu a batalha das urnas, mas não está morto.

Diante de um país tão dividido e arrasado, é preciso centrar esforços em uma reconstrução.

Seu apoio, leitor, será ainda mais fundamental.

Se você valoriza o bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando por um novo Brasil.

Assine a edição semanal da revista;

Ou contribua, com o quanto puder.