‘Comunista’ e ‘petista’: bolsonaristas lançam campanha contra Tite por não convocar jogador sem esquema vacinal completo

Ao anunciar a não convocação de Renan Lodi, o treinador da Seleção destacou a vacinação como 'uma responsabilidade social'

O técnico Tite. Foto: Rodrigo Buendia/AFP

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Militantes bolsonaristas miraram seus canhões virtuais nesta quinta-feira 13 contra Tite, treinador da Seleção Brasileira de futebol masculino. Nesta manhã, o técnico gaúcho informou que o lateral esquerdo Renan Lodi, do Atlético de Madrid, perdeu a chance de defender o time nos próximos jogos das Eliminatórias para a Copa do Catar por não ter se vacinado contra a Covid-19.

No Twitter, a hashtag #ForaTite foi utilizada por usuários de extrema-direita que atacaram o treinador. Também há críticas sobre outras decisões, de caráter meramente esportivo.

“Eu não vou torcer pela seleção brasileira na copa se o PeTite for o técnico! Esse lixo comunista vai usar a seleção contra o presidente Bolsonaro!”, escreveu uma defensora do ex-capitão.

Muitos bolsonaristas se referiram a Tite como “comunista” e “petista” e publicaram até montagens do treinador com acessórios que fazem alusão a expoentes do socialismo.

Ao anunciar a não convocação de Lodi, Tite destacou a vacinação como “uma responsabilidade social”.

“Eu trago isso para mim e minha família, para pessoas para quem eu tenho responsabilidade. Meus netos… Queria ter meus pais, não os tenho, mas queria ter a oportunidade de poder protegê-los”, disse na entrevista.


O coordenador da Seleção, Juninho Paulista, acrescentou que o veto tem relação com as leis sanitárias de cada país. O Brasil enfrenta o Equador, em Quito, em 27 de janeiro, e o Paraguai, em Belo Horizonte, em 1º de fevereiro.

“O Renan Lodi não poderia entrar no Equador e aqui no Brasil também há restrições. Ele teve a 1ª dose de vacina agora no dia 10 (de janeiro). Então ele não estaria apto, dentro das regras sanitárias do país, para estar na delegação”, disse Juninho.

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