CartaExpressa

Colapso de mina em Maceió está em evolução e pode acontecer a qualquer momento, diz Defesa Civil

Desde o início do monitoramento da mina, em 28 de novembro, o afundamento do solo chegou a 1,56 metro

Colapso de mina em Maceió está em evolução e pode acontecer a qualquer momento, diz Defesa Civil
Colapso de mina em Maceió está em evolução e pode acontecer a qualquer momento, diz Defesa Civil
Registro aéreo do bairro Mutange, em Maceió (AL), em meio ao risco de colapso de uma mina da Braskem, em 1º de dezembro de 2023. Foto: Robson Barbosa/AFP
Apoie Siga-nos no

O colapso em uma mina que era explorada pela Braskem em Maceió “ainda está em evolução” e pode acontecer “a qualquer momento”, disse neste sábado 2 o coordenador da Defesa Civil de Alagoas, coronel Moisés Pereira de Melo.

Mais cedo, em nota, o órgão informou que o ritmo de movimentação do solo passou de 1 centímetro por hora para 0,7 centímetro por hora. Desde o início do monitoramento da mina, em 28 de novembro, o afundamento chegou a 1,56 metro.

“O ritmo continua, mas agora menos acelerado. Estava num ritmo bem maior, agora já desacelerou um pouco, mas, sim, está cada vez mais perto da superfície, que poderá chegar a qualquer momento a eclodir ou de uma forma mais branda, mas com certeza atingirá a superfície”, disse o coronel à GloboNews.

Segundo ele, a cratera potencialmente aberta pelo colapso “será, aproximadamente, de cinco vezes o seu raio, que está hoje, em média, 32 metros”.

A cratera gigante surgiria em uma área desabitada do bairro Mutange, localizado às margens da Lagoa Mundaú. A situação é fruto de um processo que se agravou nos últimos anos. Em 2018, cavernas abertas pela extração de sal-gema, realizada pela Braskem desde o final dos anos 1990, começaram a ser fechadas após cinco bairros passarem a afundar. Ao menos 50 mil pessoas foram afetadas.

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo