Cobrada a apresentar provas sobre relato brutal, Damares minimiza: ‘Conversas que tenho com o povo na rua’

A ex-ministra afirmou não ter acesso aos casos que chegavam à ouvidoria de seu ministério, mas sustentou que todos foram encaminhados ao Ministério Público

A ex-ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos Damares Alves. Foto: UN Photo/Pierre Albouy

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A ex-ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, tentou justificar o fato de não conseguir comprovar, até o momento, os supostos casos brutais de violência sexual contra crianças no Marajó.

“O que eu falo no meu vídeo são as conversas que tenho com o povo na rua”, disse a senadora, nesta quinta-feira 13 , em entrevista à Rádio Bandeirantes.

Na mesma declaração, Damares afirmou que, como ministra, não tinha acesso aos casos que chegavam à ouvidoria do ministério, e que as denúncias eram encaminhadas diretamente ao Ministério Público, em caráter de sigilo. “Nenhuma denúncia que chegou na ouvidoria deixou de ser encaminhada”, acrescentou.

Durante um culto religioso realizado na igreja evangélica Assembleia de Deus Ministério Fama, em Goiânia (GO), a senadora, eleita pelo Distrito Federal, afirmou que havia imagens de crianças de 4 anos cruzando as fronteiras com os dentes arrancados “para não morderem na hora do sexo oral”.

Segundo o jornal o Estado de S. Paulo, os documentos apresentados pela equipe de Damares como prova dos supostos casos, três relatórios de CPIs, não mencionam especificamente a violência citada pela senadora.

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