O candidato do PDT à Presidência, Ciro Gomes, afirmou, nesta terça-feira 6, que, caso seja eleito, revogará os decretos promulgados pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) que facilitam a compra, o porte e a posse de armas e munições no País.
A declaração foi feita em entrevista ao portal A Crítica, um dia após o STF suspender o efeito de tais decretos durante o período das eleições, justificando risco de violência.
“Eu vou revogar, vou rever todo esse estatuto”, disse Ciro.
O candidato afirmou, contudo, que assegurará o direito à posse de armas para pessoas que vivem em localidades isoladas.
“O cidadão que está distante do atendimento da polícia na sua casa tem direito de portar uma arma, isso não tem nenhum problema”, completou ele. “Ela será recenseada, a munição será acompanhada, vigiada, porque o Bolsonaro destruiu tudo isso, isso só facilitou o crime.”
Ciro justificou a proposta de revogação pelo aumento de armas nas mãos de criminosos.
“Hoje, por exemplo, as milícias que estão tomando conta do Rio de Janeiro têm acesso a armas a partir da facilitação de comprar armas como se fosse um clube de tiro. O Brasil fundou mais clubes de tiro do que universidades ao longo desses últimos anos”, disse ele.
Nos últimos três anos o número de armas registradas em nome de caçadores, atiradores e colecionadores triplicou, alcançando a marca de um milhão.
Para proteger e incentivar discussões produtivas, os comentários são exclusivos para assinantes de CartaCapital.
Já é assinante? Faça login