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Ciro: Moro ‘comeu grana’ da Odebrecht, da OAS e de outras condenadas na Lava Jato

No caso Alvarez & Marsal, ‘há tanta coisa ainda por aparecer na investigação do TCU que nem a imprensa mais amigável conseguirá disfarçar’, diz o pedetista

Ciro Gomes e Sergio Moro são os principais candidatos à 3ª via. FOTO: MÁRIO MIRANDA/AMCHAM/DIVULGAÇÃO e LULA MARQUES
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O pré-candidato do PDT à Presidência da República, Ciro Gomes, criticou seu concorrente Sergio Moro (Podemos) pela relação com a Alvarez & Marsal, consultoria norte-americana que se beneficiou da Lava Jato.

“É mais fácil desfritar um ovo do que Moro conseguir provar que não comeu grana da Odebrecht, da OAS e de outras condenadas da Lava Jato. A revelação de que elas são responsáveis por 77,6% do faturamento da empresa de que ele era sócio é apenas o começo”, escreveu Ciro nas redes, no domingo 23, em referência aos 42,5 milhões de reais recebidos pela consultoria de alvos da Lava Jato.

Segundo Ciro, “há tanta coisa ainda por aparecer na investigação feita pelo Tribunal de Contas da União que nem a imprensa mais amigável conseguirá disfarçar – como está fazendo agora – e colocar o escândalo em pé da página”.

“Por enquanto, o juiz mentiroso está tentando criar um tipo de alquimia contábil, a que consegue separar, no lucro total dividido aos sócios, a origem de cada centavo. Ora Moro, não era você mesmo que dizia que uma só gota de dinheiro sujo apodrecia todo o caixa de uma empresa?”, finalizou o pedetista.

Os 42,5 milhões recebidos pela empresa dos Estados Unidos de alvos da Lava Jato se dividem da seguinte forma:

  • 1 milhão por mês da Odebrecht e da Atvos (antiga Odebrecht Agroindustrial);
  •  150 mil da Galvão Engenharia;
  • 115 mil do Estaleiro Enseada (que tem como sócias Odebrecht, OAS e UTC);
  • e 97 mil da OAS.

O Ministério Público junto ao TCU e a Corte analisam o contrato entre Moro e a Alvarez & Marsal.

Em entrevista ao jornal O Estado de S.Paulo publicada nesta segunda 24, o ex-ministro de Jair Bolsonaro alega que os valores embolsados por ele na passagem pela Alvarez & Marsal representam uma “questão privada”.

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