CartaExpressa
Ciro compara possível vitória de Lula com crise que culminou na morte de Getúlio
‘Vocês vão ver o estelionato eleitoral que o Lula está produzindo’, acusou o pedetista


O pré-candidato do PDT à presidência, Ciro Gomes, comparou nesta segunda-feira 13 uma possível vitória do ex-presidente Lula (PT) na eleição deste ano com a crise que culminou no suicídio de Getúlio Vargas em 1954. Para o pedetista, o líder das pesquisas de opinião pública produz um estelionato eleitoral.
“Querem continuar como está? Elegem aí o ‘picanha e cerveja’. Vocês vão ver o estelionato eleitoral que o Lula está produzindo”, afirmou Ciro em entrevista ao podcast O Assunto. “Estou vendo aqui 1954, traz o Getúlio, e olha a tragédia que o Brasil vivenciou. Uma história trágica”.
Na conversa, presidenciável disse ainda que Lula “está longe de entender que o Brasil é outro” quando comparado ao País que ele encontrou em 2003, quando assumiu o seu primeiro mandato. Ciro também criticou as alianças do petista e os casos de corrupção do governo.
“O Lula era uma coisa e ele se corrompeu por interesses econômicos”, acrescentou. “O patrimônio dele não se explica. Está agarrado com Eunício, Renan, Geddel”.
Sobre o presidente Jair Bolsonaro (PL), Ciro acusou o ex-capitão de praticar “um truque eleitoreiro criminoso” ao anunciar a redução do ICMS sobre o diesel.
“O governo propõe tirar dinheiro da saúde e educação para salvar o lucro do acionista minoritário. E não é para resolver o problema, é para atravessar o período eleitoral”, avaliou Ciro. “O lucro da Petrobras, que é um monopólio na prática, está na faixa de 38%, enquanto as petroleiras do mundo tem um lucro de 7%”.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.