CartaExpressa

Cinegrafista que filmou tiros em agenda de Tarcísio pede demissão da Jovem Pan

Marcos Andrade afirmou que a campanha de Tarcísio havia pressionado a emissora por seu desligamento

Cinegrafista que filmou tiros em agenda de Tarcísio pede demissão da Jovem Pan
Cinegrafista que filmou tiros em agenda de Tarcísio pede demissão da Jovem Pan
Foto: Alan Santos/PR
Apoie Siga-nos no

O cinegrafista Marcos Andrade pediu demissão da Jovem Pan, um dia depois de a Folha de S.Paulo publicar um áudio em que um integrante da equipe do candidato do Republicanos ao governo paulista, Tarcísio de Freitas, pedia que ele apagasse imagens do tiroteio que interrompeu uma agenda de campanha em Paraisópolis, na Zona Oeste da cidade de São Paulo, em 17 de outubro.

Em entrevista à Folha na quarta 26, Andrade afirmou que a campanha de Tarcísio havia pressionado a emissora por sua demissão. Até aquele momento, mantinha-se no cargo, mas revelou ter recebido da Jovem Pan a sugestão de gravar um vídeo em apoio ao ex-ministro de Jair Bolsonaro (PL).

Ao jornal, ele identificou o membro da campanha que o pressionou a apagar o vídeo. Trata-se, segundo ele, de Fabrício Cardoso de Paiva, um agente licenciado da Abin. A identidade do assessor foi revelada pelo site The Intercept Brasil e confirmada por Andrade por meio de fotografias. Ele acrescentou que Tarcísio não participou da conversa, que teria acontecido “ao pé do ouvido”.

Em nota na terça 25, a campanha de Tarcísio de Freitas chamou o episódio de “traumático” e rebateu acusações de que teria pressionado para que imagens da ocorrência fossem apagadas. O texto da equipe afirma que “nunca houve nenhum impedimento por parte da campanha” em relação à divulgação dos registros.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo