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Cid aciona o STF e pede autorização para não comparecer à CPMI do 8 de Janeiro
O tenente-coronel, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, foi um dos primeiros a entrar na mira da comissão
A defesa do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), pediu ao Supremo Tribunal Federal para não ser obrigado a comparecer à CPMI do 8 de Janeiro, a fim de se livrar de “atos ilegais e constrangedores”. Caso seja obrigado a ir, diz a defesa, o militar deve ter o direito de permanecer em silêncio.
Os advogados solicitam, ainda, que a Corte ateste o direito de Cid não ser submetido ao compromisso de dizer a verdade e não sofrer constrangimentos físicos, morais e psicológicos.
A CPMI aprovou a convocação de Cid na última terça-feira 13. Na sessão, foram convocados outros aliados de Bolsonaro, a exemplo dos ex-ministros Anderson Torres, Braga Netto e Augusto Heleno. Todos serão ouvidos na condição de testemunhas, em data a ser agendada.
Na quinta-feira 15, o ministro Alexandre de Moraes, do STF, autorizou Cid a prestar depoimento à CPI que investiga os atos golpistas de 8 de Janeiro na Câmara Legislativa do Distrito Federal.
Mauro Cid está preso desde o início de maio, acusado de participar de um esquema de falsificação de dados de cartões de vacinação no sistema do Ministério da Saúde. Ele é suspeito de organizar e operar as alterações, a incluírem os cartões de Bolsonaro e de sua filha Laura.
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