CartaExpressa
Caso Mauro Cid: PGR não aceita delação conduzida pela PF, diz Aras
O ministro do STF Alexandre de Moraes, no entanto, já homologou o acordo de colaboração
O procurador-geral da República, Augusto Aras, criticou neste sábado 9 o acordo de delação premiada firmado entre o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, e a Polícia Federal. A colaboração foi homologada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal.
Antes da decisão de Moraes, a PGR havia se manifestado ao STF contra a delação. O órgão entende ter a prerrogativa de fechar esses acordos e avalia que a PF não teria autonomia para negociar benefícios com investigados.
Aras reforçou esse entendimento em publicação nas redes sociais. “A Procuradoria-Geral da República não é de Augusto Aras. É da República Federativa do Brasil e é pautada pela Constituição. A PGR, portanto, não aceita delações conduzidas pela Polícia Federal, como aquelas de Antonio Palocci e de Sérgio Cabral, por exemplo”, escreveu.
Em 2018, porém, o STF decidiu por 10 votos a 1 que a PF pode firmar acordos de delação. Por 8 a 3, aquele julgamento também definiu não ser necessária uma autorização da PGR.
Relacionadas
CartaExpressa
Moraes nega recurso de Bolsonaro e Braga Netto contra inelegibilidade
Por CartaCapitalCartaExpressa
Malafaia volta a atacar Moraes em discurso na Marcha para Jesus
Por CartaCapitalCartaExpressa
STF: polícia não pode exigir que MP antecipe providências em casos envolvendo crianças
Por CartaCapitalCartaExpressa
Ré no STF, Zambelli implora a Elon Musk: ‘Por favor, olhe de novo para o Brasil’
Por CartaCapitalUm minuto, por favor…
O bolsonarismo perdeu a batalha das urnas, mas não está morto.
Diante de um país tão dividido e arrasado, é preciso centrar esforços em uma reconstrução.
Seu apoio, leitor, será ainda mais fundamental.
Se você valoriza o bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando por um novo Brasil.
Assine a edição semanal da revista;
Ou contribua, com o quanto puder.