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Candidato da esquerda no Peru lidera pesquisa contra extrema-direita

Marxista Pedro Castillo aparece com 11 pontos de vantagem sobre Keiko Fujimori, filha do ditador Alberto Fujimori

Candidato da esquerda no Peru lidera pesquisa contra extrema-direita
Candidato da esquerda no Peru lidera pesquisa contra extrema-direita
Pedro Castillo e Keiko Fujimori se confrontaram em 2º turno da eleição peruana. Foto: Sebastian Castaneda/Pool/AFP
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Pedro Castillo, educador e candidato da esquerda radical para a presidência do Peru, aparece na liderança na 1ª pesquisa eleitoral do 2º turno, com 11 pontos de vantagem sobre Keiko Fujimori, representante da extrema-direita e herdeira do ex-ditador Alberto Fujimori, condenado por massacres e réu por esterilizações forçadas no seu regime.

Segundo o levantamento do instituto Ipsos, Castillo aparece com 42% das intenções de voto, contra 31% de Keiko. Se considerados os perfis socioeconômicos, ele é derrotado entre as classes A, B e C, que compreende as elites peruanas, e é vencedor entre as classes mais pobres, D e E.

Castillo também aparece com menor rejeição. O marxista não receberia “definitivamente” o voto de 33% do eleitorado. Por outro lado, 34% dizem que “definitivamente votariam nele”; 18% poderiam votar nele; 8% provavelmente não votariam nele; 4% não o conhecem; e 3% não sabem.

Já em relação a Keiko, 55% dizem que “definitivamente não votariam nela”. Apenas 20% afirmam que “definitivamente votariam” na candidata ultraconservadora; 15% poderiam votar nela; 5% provavelmente não votariam nela; 2% não a conhecem; 3% não sabem.

A popularidade de Castillo disparou nas últimas semanas que antecederam o 1º turno. Dias antes da votação, a social democrata Verónika Mendoza era a mais cotada pela esquerda. O marxista recebeu o aceno da progressista logo depois do resultado: “A ditadura fujimorista perseguiu, criminalizou e esterilizou mulheres campesinas”, disse ela em entrevista de 13 de abril.

Do outro lado, Keiko recebeu o polêmico apoio do escritor peruano Mario Vargas Llosa, que classificou eventual vitória da extrema-direita como “um mal menor” em relação ao postulante comunista.

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