Os partidos alinhados em torno da candidatura de Lula (PT) à Presidência da República decidiram criar uma plataforma digital para receber sugestões que podem fazer parte do programa de governo do petista.
Reuniram-se virtualmente, nesta quinta-feira 2, representantes de PT, PSB, PSOL, PCdoB, PV e Rede Sustentabilidade. No encontro, o grupo discutiu três eixos principais: desenvolvimento social e garantia de direitos; desenvolvimento econômico, sustentabilidade socioambiental e combate à crise climática; e reconstrução do Estado e da soberania e defesa da democracia.
A plataforma digital receberá sugestões por um mês. Após esse prazo, aceitará contribuições até o final da campanha, as quais constarão de um documento que poderá ser utilizado por um eventual novo governo Lula.
A ideia é de que a plataforma permita a realização de debates no ambiente virtual. A campanha também prevê a promoção de mesas de diálogo e seminários sobre os temas apresentados.
O grupo que discute a plataforma conta com dois representantes de cada partido da coligação Vamos Juntos pelo Brasil, sob a coordenação do ex-ministro Aloizio Mercadante.
Incentivar a participação digital vai ao encontro do que Mercadante afirmou a CartaCapital na semana passada, após a divulgação da mais recente pesquisa Datafolha: “Temos de manter o pé no chão, trabalhar com humildade e continuar avançando e disputando a rua e as redes”.
Nos últimos dias, Lula tem se manifestado também sobre a criação de um “orçamento participativo nacional”, visto como uma forma de não se tornar “refém” de um orçamento secreto caso vença as eleições.
“Só tem um jeito de a gente romper com o orçamento secreto”, disse o ex-presidente, em São Paulo, na última terça-feira 31. “Será que a gente não poderia, ganhando as eleições, fazer um orçamento participativo em nível nacional?”
Esse modelo de orçamento também se viabilizaria na internet e teria o objetivo de “envolver a sociedade” e permitir ao povo “meter o bedelho, dizer o que quer, como quer, que obra vai ser feita”.
Para proteger e incentivar discussões produtivas, os comentários são exclusivos para assinantes de CartaCapital.
Já é assinante? Faça login