A Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara aprovou, nesta quarta-feira 29, convites para que o ex-ministro de Minas e Energia Bento Albuquerque e o ex-secretário da Receita Federal Julio Cesar Vieira Gomes prestem esclarecimentos sobre as joias oferecidas pelo governo saudita ao então presidente Jair Bolsonaro (PL).
A proposta partiu do deputado federal Jorge Solla (PT-BA), que questiona a entrada dos itens de luxo no País sem que eles fossem declarados à Receita.
Dois estojos entraram no Brasil e foram incorporados por Bolsonaro ao seu acervo particular. Um deles, avaliado em 500 mil reais, foi recebido pessoalmente pelo ex-capitão quando esteve em Riade, na Arábia Saudita, em outubro de 2019. O kit inclui um relógio da marca Rolex fabricado em ouro branco e cravejado de diamantes.
No caso de Vieira Gomes, os parlamentares querem saber se a sua nomeação para a Embaixada do Brasil em Paris foi uma retribuição à atuação para reaver outro estojo de joias, apreendido pelo Fisco.
Por se tratar de um convite, ambos não têm a obrigação de comparecer à comissão. As datas para as audiências ainda serão definidas pelos integrantes do colegiado.
Para proteger e incentivar discussões produtivas, os comentários são exclusivos para assinantes de CartaCapital.
Já é assinante? Faça login