CartaExpressa

Bolsonaro volta a mentir sobre urnas e diz que entregaria faixa a qualquer eleito, ‘mas no voto transparente’

O presidente também tornou a atacar o STF por restabelecer os direitos políticos de Lula, que lidera as pesquisas de intenção de voto

Bolsonaro volta a mentir sobre urnas e diz que entregaria faixa a qualquer eleito, ‘mas no voto transparente’
Bolsonaro volta a mentir sobre urnas e diz que entregaria faixa a qualquer eleito, ‘mas no voto transparente’
Foto: Reprodução
Apoie Siga-nos no

O presidente Jair Bolsonaro voltou a mentir sobre as eleições no Brasil. Em contato com apoiadores no ‘cercadinho’ do Palácio da Alvorada na noite desta segunda-feira 26, disse ter reunido ‘fortíssimos indícios’ de fraude nas urnas eletrônicas, embora, mais uma vez, não tenha apresentado qualquer evidência.

A um apoiador que disse “nós [eleitores de Bolsonaro] não podemos entregar esse Brasil” à oposição, o presidente respondeu: “A gente entrega para qualquer um, mas no voto democrático, com transparência”.

Na sequência, Bolsonaro declarou que “os mesmos que tiraram Lula da cadeia e o tornaram elegíveis são os que vão contar os votos”.

A decisão que recuperou os direitos políticos de Lula foi confirmada pelo Supremo Tribunal Federal em abril. Por oito votos a três, a Corte referendou o despacho do ministro Edson Fachin que anulou todas as condenações de Lula na Lava Jato e declarou a incompetência da Justiça Federal em Curitiba nos processos contra o petista. O ex-presidente, desta forma, recuperou os seus direitos políticos.

Na ocasião, formaram maioria os ministros Edson Fachin, Ricardo Lewandowski, Gilmar Mendes, Rosa Weber, Alexandre de Moraes, Dias Toffoli, Cármen Lúcia e Luís Roberto Barroso.

Foram vencidos os ministros Kassio Nunes Marques, Marco Aurélio Mello e Luiz Fux.

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo