Bolsonaro transforma militares em um ‘partido miliciano’, diz Ciro Gomes

O presidenciável do PDT, Ciro Gomes, afirmou na madrugada desta terça-feira 10 que a cúpula militar está sendo ‘subornada’ por Jair Bolsonaro e se transformando em um ‘partido miliciano’. A declaração foi dada no programa Conversa com o Bial, da TV Globo.

“Bolsonaro subornou essa cúpula militar que está perigosamente sendo transformada em um partido político miliciano”, afirmou. “No delírio dele é com isso que ele vai enfrentar a democracia”, acrescentou.

Segundo Ciro, o atual governo federal está cercado por membros militares que são ‘representantes do fascismo’ e precisam ser enfrentados.

“É o que nós temos pra enfrentar. Bolsonaro apropriou uma parte da cúpula das Forças Armadas. Esse general Braga Netto é um fascista mor, esse General Heleno é um fascista mor”, disse Ciro ao analisar o papel de alguns generais ministros do atual governo.

Para o pedetista, essa ligação de Bolsonaro com um ‘partido miliciano’ não é ‘de hoje’ e já podia ser vista quando o atual presidente era deputado federal.

“Eu conheço o Bolsonaro e sei que o Bolsonaro é um grande canalha desde sempre. O Bolsonaro roubava dinheiro da gasolina do gabinete, roubava dinheiro de funcionários fantasmas, roubava dinheiro do auxílio moradia. E o Bolsonaro sempre foi um cara ligado à tortura, às milícias”, destacou.

Na entrevista, Ciro também voltou a atacar Lula (PT), outro provável adversário em 2022:

“Nós merecemos que a população nos olhe criticamente. E o Lula será olhado criticamente, porque ele é a causa da tragédia brasileira”, destacou. “O Lula comete equívocos estratégicos que tem uma explicação: o lulocentrismo. O egolatrismo absolutamente sem contraste e agora piorado porque os grandes amigos que ele tinha que diziam ‘menos, Lula’ morreram todos. Ele está cercado de bajuladores de quinto nível. O ego do Lula agora não tem reparo, não tem contradição, despirocou geral”, acrescentou.

Ciro disse ainda acreditar que o governo petista era ‘organicamente corrupto’ e que Lula, pensando em 2022, passou a ‘considerar que o crime compensa’. Na conversa, atacou ainda outros nomes do PT, como Fernando Haddad e a ex-presidente Dilma Rousseff, se referindo a ambos como ‘poste’.