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Bolsonaro: ‘Se eu tiver menos de 60% dos votos, algo de anormal aconteceu no TSE’

Ex-capitão alega estar na frente de Lula pelo ‘datapovo’ e diz que eleição será decidida no primeiro turno

Foto: Reprodução
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O presidente Jair Bolsonaro (PL) defendeu neste domingo 18 que terá 60% dos votos em 2 de outubro e vencerá Lula (PT) no primeiro turno nestas eleições. Segundo defendeu em entrevista ao SBT, caso as duas afirmações não se confirmem, ‘algo de anormal’ terá acontecido no Tribunal Superior Eleitoral.

Eu digo, se eu tiver menos de 60% dos votos, algo de anormal aconteceu no TSE, tendo em vista obviamente o ‘data povo’, que você mede pela quantidade de pessoas que não só vão nos meus eventos, bem como nos recepcionam ao longo do percurso até chegar ao local do evento”, disse Bolsonaro na conversa com o canal de TV.

As declarações vão contra o que mostram todas as pesquisas eleitorais e marcam nova ofensiva contra a Justiça Eleitoral com infundadas insinuações de fraude. No mais recente levantamento, do instituto Ipespe, divulgado neste sábado, Lula tem 45% das intenções de voto e Bolsonaro 35%. O petista também aparece em vantagem contra o ex-capitão em um eventual segundo turno.

Horas antes de afirmar ter 60% dos votos e insinuar fraudes nestas eleições, Bolsonaro já havia feito afirmações de que venceria no primeiro turno. A apoiadores que o acompanharam em Londres durante o funeral da rainha Elizabeth, o ex-capitão disse ‘não ter como não ganhar’ a eleição no primeiro turno. Novamente, alega, sua afirmação seria com base na presença de apoiadores em seus eventos.

Repetindo o clima de 7 de setembro, Bolsonaro puxou um coro com os cerca de 150 apoiadores que o acompanhavam no local. “Primeiro turno, primeiro turno, primeiro turno”, diziam.

As ações eleitoreiras durante o funeral, considerado um dos maiores eventos globais, entrou na mira da oposição. Ainda no domingo, o PT anunciou que deverá entrar com ação judicial contra Bolsonaro por abuso de poder político e econômico. Eles acusam o ex-capitão de usar dinheiro público para promover atos de campanha no exterior.

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