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Bolsonaro não é bem-vindo na nossa terra, diz coordenador de Conselho Indígena

Presidente foi criticado após visitar área de garimpo ilegal em terra indígena

Foto: Reprodução/Redes Sociais
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O presidente Jair Bolsonaro foi criticado pelo Conselho Indígena de Roraima após visitar região de garimpo ilegal dentro da Terra Indígena Raposa Serra do Sol (RR), na terça-feira 26. 

Na visita, que ocorreu na comunidade Flechal, no município de Uiramutã, fronteira com a Venezuela, Bolsonaro voltou a defender a legalização da garimpagem. 

Em nota, o coordenador-geral do CIR, Edinho Macuxi, criticou a ida do presidente à terra indígena: “Repudiamos a presença do presidente. Ele não é bem-vindo na nossa terra”.

Segundo o CIR, a atividade ilegal nas terras indígenas começou há cerca de dois anos, após uma invasão de garimpeiros, incentivados pela promessa de regularização das atividades feitas pelo presidente. 

“Há uma desestruturação social das comunidades porque jovens estão deixando de trabalhar nas roças, com a comunidade, já não colabora mais com ninguém para trabalhar apenas garimpando; tornaram-se ‘escravos daquele ritmo de vida’, relatam”, segue o texto.

Para os líderes indígenas, a postura de Bolsonaro de defender a legalização das atividades de exploração provocará uma invasão de não indígenas aos seus territórios, com fortes impactos ao modo de vida das comunidades e ao meio ambiente.

O aumento dos garimpos ilegais durante o governo Bolsonaro já tem causado danos em diversas terras indígenas, como yanomami, em Roraima, e munduruku, no Pará.

“Houve surto de malária recentemente nas regiões de Flechal, Caracana, Monte Moriá, apenas contida após ação dos agentes indígenas de saúde e epidemiologistas indígenas para controle da epidemia”, diz o relatório do CIR.

A demarcação Raposa Serra do Sul sofre oposição histórica de Bolsonaro e dos militares, que tentaram revogar a demarcação. 

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