Bolsonaro e Michelle acionam Justiça contra Lula por declarações sobre sumiço de móveis do Alvorada

Após Planalto encontrar os itens que eram dados como desaparecidos, casal Bolsonaro quer que o atual presidente se retrate publicamente e ainda pague uma indenização de 20 mil reais

Mobília ‘desaparecida’ do Alvorada é encontrada e reabre rixa entre os casais Lula e Bolsonaro. Fotos: Sergio Lima/AFP e Ricardo Stuckert/PR

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O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e sua esposa, Michelle Bolsonaro, acionaram o Juizado Especial Cível do Tribunal de Justiça do Distrito Federal contra Lula (PT) após a revelação de que móveis do Palácio do Alvorada, dados como desaparecidos na transição entre governos, foram encontrados. As informações são do jornal Folha de S. Paulo.

Na ação, Bolsonaro e Michelle pedem que o presidente Lula se retrate por declarações dadas naquela ocasião do suposto sumiço. O ex-casal presidencial pede, ainda, que o petista pague uma indenização de 20 mil reais.

Na ocasião do suposto sumiço, Lula e a primeira-dama Janja deram entrevistas em que citaram o tema. O desparecimento de 261 itens era, naquela ocasião, atribuído à gestão de Jair Bolsonaro (PL). Na quinta-feira passada, porém, o Planalto informou ter localizado todos itens.

Assim que a notícia foi publicada, Bolsonaro acusou Lula de ter feito uma ‘falsa comunicação de furto’. Na ação protocolada na sexta, o ex-capitão repete a indicação e pede que o presidente se pronuncie “na mesma proporção do dano que realizou”. Ele solicita três medidas:

  1. uma coletiva de coletiva de imprensa oficial no Palácio da Alvorada;
  2. uma entrevista sobre o tema na GloboNews;
  3. uma publicação nos canais oficiais de comunicação do governo federal.

Já a indenização solicitada, se acatada pela Justiça, deve ser destinada ao Instituto Carinho, segundo o pedido judicial. A entidade atende crianças em situação de vulnerabilidade no entorno de Brasília.

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1 comentário

joao medeiros 23 de março de 2024 17h32
A primeira vez que vejo um inventário não conseguir encontrar bens públicos tombados. Será que era desleixo, má-fé ou falta de controle patrimonial!

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