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Bolsonaro é covarde, manipulador e contumaz em transferir responsabilidades, diz vice da Câmara

Segundo Marcelo Ramos, ante os ataques de Bolsonaro à democracia, é preciso que as instituições ‘risquem uma linha no chão da Esplanada’

O deputado Marcelo Ramos. Foto: Maryanna Oliveira/Câmara dos Deputados
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O vice-presidente da Câmara dos Deputados, Marcelo Ramos (PL-AM), classificou o presidente Jair Bolsonaro como “irresponsável, covarde e manipulador”. Também avaliou que o chefe do Executivo nacional é “contumaz em transferir responsabilidade”.

Durante transmissão ao vivo na internet promovida pelo Grupo Prerrogativas nesta sexta-feira 23, ele também comentou o superdido de impeachment protocolado na Câmara contra o presidente.

“Ainda não aprofundei, mas vi que são 21 crimes de responsabilidade imputados ao presidente, e alguns deles merecem destaque. Destacaria a questão de o presidente ameaçar não ter eleição e não dar posse para o eleito, porque o tipo penal que trata da lei que trata de crime de responsabilidade é ameaçar a ordem democrática”, afirmou Ramos. “Ameaçar já é um tipo definido. E ele ameaça a ordem democrática”.

O vice da Câmara também declarou que “parece consistente a participação dele [Bolsonaro] em manifestações que tinham como objetivo final o fechamento do STF e do Congresso Nacional”.

“Ele é contumaz em transferir responsabilidades. Não se acha responsável por ficar com dinheiro dos funcionários do gabinete dele, não acha que o filho é responsável por ficar com dinheiro dos funcionários do gabinete dele, não acha que a esposa é responsável por ter cheque do Queiroz na conta dela, não acha que o Pazuello é responsável por tentar roubar na compra de vacinas. Ele é contumaz nesse tipo de atitude, característica de um covarde manipulador, que é o que ele que é”.

Segundo Ramos, diante de reiterados ataques de Bolsonaro à ordem democrática, é preciso que as instituições “risquem uma linha no chão da Esplanada, a fim de que o presidente “não chegue à porta da Câmara, do Senado ou do STF”.

“Resta saber se, quando ele chegar à porta, vai encontrar gente disposta a estender um tapete vermelho ou gente disposta a se entrincheirar em defesa das instituições democráticas”, completou.

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