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Bolsonaro diz que não irá à posse de Boric no Chile e insinua que só criminosos comparecerão

O ex-capitão comparou a cerimônia ao jantar entre Lula e Alckmin, que chamou de ‘saidão de cadeia’

O presidente eleito do Chile, Gabriel Boric. Foto: Martin Bernetti/AFP
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O presidente Jair Bolsonaro (PL) anunciou nesta quarta-feira 12 que não pretende comparecer ao evento de posse do presidente eleito do Chile, Gabriel Boric. Na declaração ao canal bolsonarista Gazeta do Brasil, comparou a posse do líder de esquerda chileno ao encontro entre Lula (PT) e Geraldo Alckmin e insinuou que apenas criminosos marcarão presença na cerimônia.

“Eu não sou de criar problemas com as relações internacionais, o Brasil vai muito bem com o mundo todo, mas veja quem é que vai na posse do novo presidente do Chile. Eu não irei, vê quem vai”, anunciou.

Em seguida, fez a comparação com o jantar do Grupo Prerrogativas que reuniu advogados e lideranças políticas, entre elas Lula e Alckmin. O jantar foi o primeiro encontro entre os políticos após o início das tratativas para composição de uma chapa nas eleições para a Presidência neste ano.

“É igual ao jantar em São Paulo, da democracia, patrocinado por Lula e Alckmin. Olha as pessoas que estiveram presentes, parecia que era um saidão de cadeia”, disse, insinuando que a posse de Boric deve reunir apenas criminosos.

Boric foi eleito no Chile em disputa contra o candidato da extrema-direita, José Antonio Kast. O novo presidente teve 55,85% dos votos, ante 44,15% de Kast. O governo de Jair Bolsonaro demorou quatro dias para, em uma tímida menção, parabenizar o político pela vitória. O Brasil foi o último representante da América Latina a tratar publicamente do resultado.

Em outros eventos de posse de representantes da esquerda, como a do peruano Pedro Castillo, Bolsonaro enviou o vice-presidente Hamilton Mourão como seu representante. Na entrevista, não ficou claro se o ex-capitão pretende repetir o gesto.

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