Bolsonaro diz que ‘alguns passam fome’ no Brasil, mas ‘na média todo mundo engordou’ desde 2020

'Não foi só no Brasil, foi no mundo todo', alegou o presidente ao reconhecer o avanço da inflação

Foto: Reprodução/Redes Sociais

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O presidente Jair Bolsonaro reconheceu nesta quinta-feira 9 o impacto da inflação sobre os alimentos no Brasil, mas tentou minimizar a extensão do problema.

 

 

“Por que aumentou? Não foi só no Brasil, foi no mundo todo, que passou a consumir muito mais. Além de o mundo crescer em média mais de 60 milhões de habitantes por ano, passou a consumir mais, porque o cara ficou mais em casa. ‘Ah, o pessoal passou fome’. Olha, muitos brasileiros passam mal, sei disso. Alguns passam fome? Sim, passam fome. Mas a média dos que passaram a comer mais foi bem maior. Se você lembrar de quanto pesava no ano passado e quanto pesa agora, na média todo mundo engordou um pouco mais. É uma realidade”, disse o ex-capitão em transmissão ao vivo nas redes sociais.

“Ainda bem que o homem do campo não parou. Se tivesse parado, pior que a inflação, teríamos desabastecimento”, acrescentou.


A inflação medida pelo IPCA fechou o mês passado com um avanço de 0,87%, segundo levantamento divulgado pelo IBGE nesta quinta. Trata-se da maior taxa para um mês de agosto desde 2000. Em julho, o índice foi de 0,96%.

No acumulado de 12 meses, a inflação já chega a 9,68%, a mais alta desde fevereiro de 2016. Neste ano, o IPCA acumula elevação de 5,67%. O teto da meta de inflação estabelecido pelo governo Bolsonaro para 2021 é de 5,25%.

Os preços dos alimentos, que simbolizam a crise econômica que o País enfrenta, não deram trégua. O grupo de alimentação e bebidas registrou alta de 1,39% e só foi “superado” pelo de transportes, que avançou 1,46%. No acumulado de 12 meses, o impacto da alta nos preços de alimentos é ainda mais significativo. Arroz (+32,7%), feijão fradinho (+40,3%) e carnes em geral (+30,8%) encareceram os pratos.

 

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