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Bolsonaro diz que adversários fazem uso político da facada e nega que episódio seja fake

‘Doutor Macedo tem sua honra e eu tenho a minha, nós temos muito a zelar. Querem politizar uma tentativa de homicídio’, afirmou o presidente

Foto: NELSON ALMEIDA / AFP
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Ao deixar o hospital na manhã desta quarta-feira 5, o presidente Jair Bolsonaro voltou a cobrar uma investigação sobre a facada que levou em Juiz de Fora (MG) durante a campanha da eleição de 2018 e negou que o episódio seja fake.

Após quase três dias internado em São Paulo para tratar uma obstrução intestinal, o ex-capitão afirmou que o caso está próximo de ser desvendado.

“No meu entender, não está difícil desvendar esse caso. Vai chegar em gente importante com toda a certeza”, disse Bolsonaro sem dar muitos detalhes. “Não foi da cabeça dele que ele fez aquilo. E outra, não há dúvida da tentativa de homicídio”, acrescentou.

Ao lado do médico Antônio Luiz Macedo, o presidente acusou os adversários de politizar o atentado.

“Agora levar para politização, que eu estou me vitimizando…tá de brincadeira comigo…Outra coisa, doutor Macedo tem sua honra e eu tenho a minha, nós temos muito a zelar. Querem politizar uma tentativa de homicídio”, declarou.

“O pessoal tem dúvida, dizem que seria uma armação da minha parte. Para deixar bem claro aqui: a faca entrou. Alguns falam que na hora não sangrou, uma faca nessa região não sangra porque tudo vai para dentro, né, doutor?”, questionou o ex-capitão. “As imagens mostram a faca entrando e tem o brilho dela quando sai. Falar que isso é uma faca fake. A faca passou a poucos milímetros da aorta, das minhas artérias”.

Nesta quarta, o jornal Folha de S.Paulo noticiou que a Polícia Federal escolheu o delegado Martin Bottaro Purper, de 43 anos, para dar sequência às investigações contra Adélio Bispo, o autor da facada.

Até o momento, duas investigações da PF mostraram que Bispo agiu sozinho. A conclusão, no entanto, é questionada pelo presidente.

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