A defesa de Jair Bolsonaro (PL) não desistiu da tentativa de retirar o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, da relaotria de investigações contra o ex-presidente. O pedido original foi rejeitado por Luís Roberto Barroso em 20 de fevereiro.
Agora, os advogados do ex-capitão pedem que o tema seja votado pelo plenário da Corte, caso Barroso não aceite reverter a ordem original. A defesa também busca anular atos de Moraes na apuração sobre a trama golpista de 2022 – em 8 de fevereiro, Bolsonaro foi um dos alvos da Operação Tempus Veritatis, da Polícia Federal.
Ao negar o primeiro pedido da defesa pelo impedimento de Moraes, o presidente do STF argumentou que “não houve clara demonstração” de razão legal. Ele avaliou que os fatos narrados “não caracterizam, minimamente, as situações legais que impossibilitam o exercício da jurisdição pela autoridade arguida”.
Uma das alegações do ex-presidente é que Moraes seria pessoalmente interessado na investigação, já que a PF apontou um plano “que teria como episódio central a prisão do próprio ministro, na oportunidade já presidente do Tribunal Superior Eleitoral”.
Com o aval de Moraes, a PF apura, em tese, os crimes de organização criminosa, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado, supostamente cometidos para manter Bolsonaro no poder mesmo após perder a eleição para Lula (PT).
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