CartaExpressa
Bolsonaristas caem em fake news sobre estado de sítio e se emocionam
‘Estado de sítio’ é um dos assuntos mais comentados no Twitter, com 31 mil tuítes mencionando o tema
Circulam nas redes sociais vídeos de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro que acreditam que o ex-capitão decretou um estado de sítio no Brasil. A informação, no entanto, é falsa.
Em uma das gravações, divulgada pelo perfil Sleeping Giants Brasil, um bolsonarista chega a se emocionar com a fake news.
“Meus amigos e minhas amigas de todo o Brasil, desculpem pela emoção, mas a nossa luta, a nossa garra, valeu a pena. Ficamos sabendo agora que o presidente da República Jair Messias Bolsonaro resolveu agir e, a partir de agora, o Brasil está em estado de sítio”.
https://twitter.com/slpng_giants_pt/status/1435815376638652419?s=21
Em outro vídeo, postado às 6h28 de quarta-feira 8, manifestantes afirmam que teriam essa informação “em primeira mão”.
https://twitter.com/cpidosmemes/status/1435781440902414338?ref_src=twsrc%5Etfw%7Ctwcamp%5Etweetembed%7Ctwterm%5E1435781440902414338%7Ctwgr%5E%7Ctwcon%5Es1_&ref_url=https%3A%2F%2Fhashtag.blogfolha.uol.com.br%2F2021%2F09%2F09%2Fnas-redes-bolsonaristas-criam-realidade-paralela-e-se-emocionam-com-estado-de-sitio-que-nao-ocorreu%2F
“Boa noite pessoal, estamos aqui direto de Brasília, com meu amigo lá de Lages, e conseguimos, fizemos parte, estado de sítio, vamos tirar os vagabundos de lá, conseguimos tirar os 11, fizemos nossa parte, viemos para Brasília, levantemos o cu da cadeira para Brasília fazer nossa parte, estamos aqui na concentração, participemos da história do Brasil, nós conseguimos gente, e trago essas notícias para vocês”, afirma um manifestante.
Na manhã desta quinta-feira 9, “estado de sítio” é um dos assuntos mais comentados no Twitter, com 31 mil tuítes mencionando o tema.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.



