O policial penal Jorge José da Rocha Guaranho deixou, na terça-feira 19, a UTI do Hospital Ministro Cavalcanti, em Foz do Iguaçu (PR). Segundo informações preliminares, ele está consciente e internado na enfermaria da unidade.
Guaranho foi indiciado por homicídio qualificado por motivo torpe e por colocar outras pessoas em risco após atirar e matar o guarda municipal Marcelo Arruda, na noite de 9 julho, durante sua festa de aniversário. Petista, Arruda tinha como tema de sua festa o ex-presidente Lula. Na troca de tiros, Guaranho também foi alvejado.
O Ministério Público do Paraná informou que irá oferecer a denúncia à Justiça hoje 20, e fará uma entrevista em Foz do Iguaçu para “esclarecer fatos relacionados à investigação”. Os promotores Tiago Lisboa Mendonça e Luis Marcelo Mafra Bernardes da Silva devem participar da coletiva.
Jorge Guaranho teve a prisão preventiva decretada e segue sob escolta policial. Na terça-feira 19, a Justiça do Paraná acatou um pedido do Ministério Público e autorizou um novo depoimento de uma fonte que já tinha sido ouvida ao longo da investigação pela Polícia. O MP apontou que o relato de Vaguino Aparecido Gonçalves foi interrompido pela Polícia Civil, no dia 12 de julho, sem que ele pudesse revelar a identidade de outras pessoas que estariam junto a ele em Guaranho em um churrasco, onde o bolsonarista teve acesso às imagens da festa do petista.
Para apurar a eventual participação de terceiros no crime, a Polícia Civil do Paraná ainda aguarda laudos complementares, como a análise do celular do atirador. Também serão usadas imagens das câmeras de segurança que captaram o crime pata que possa ser feita a leitura labial dos presentes na cena. A Justiça ainda ordenou que os investigadores solicitem câmeras do entorno para monitorar o deslocamento de Guaranho.
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