CartaExpressa
Barroso diz que a democracia venceu e pede o fim de ‘antagonismos artificiais’
O novo presidente do STF defendeu equilibrar interesses aparentemente antagônicos: ‘O sucesso do agro não é incompatível com a proteção ambiental’
Em seu discurso de posse na presidência do Supremo Tribunal Federal, nesta quinta-feira 28, o ministro Luís Roberto Barroso afirmou que a democracia venceu no Brasil e que é preciso aprofundar o processo de pacificação. Ele substitui no comando da Corte a ministra Rosa Weber.
Segundo ele, é necessário “acabar com os antagonismos artificialmente criados para nos dividir”.
“O sucesso do agronegócio não é incompatível com a proteção ambiental, ao contrário. Combate eficiente à criminalidade não é incompatível com respeito aos direitos humanos. Enfrentamento à corrupção não é incompatível com o devido processo legal.”
Barroso ainda disse que, na presidência do Supremo, pretende ouvir “trabalhadores e empresários, comunidades indígenas e agricultores, produtores rurais e ambientalistas”.
“Também conservadores, liberais e progressistas. Ninguém tem o monopólio do bem e da virtude”, prosseguiu. “A vida na democracia é a convivência civilizada dos que pensam diferente.”
Relacionadas
CartaExpressa
Barroso prorroga a suspensão de prazos processuais para ações sobre o RS
Por CartaCapitalCartaExpressa
Kassio nega HC preventivo para evitar possível prisão de Bolsonaro por golpe de Estado
Por CartaCapitalCartaExpressa
Internado com erisipela, Bolsonaro segue sem previsão de alta
Por Carta CapitalCartaExpressa
Putin demite ministro da Defesa da Rússia
Por André LucenaApoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Os Brasis divididos pelo bolsonarismo vivem, pensam e se informam em universos paralelos. A vitória de Lula nos dá, finalmente, perspectivas de retomada da vida em um país minimamente normal. Essa reconstrução, porém, será difícil e demorada. E seu apoio, leitor, é ainda mais fundamental.
Portanto, se você é daqueles brasileiros que ainda valorizam e acreditam no bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando. Contribua com o quanto puder.