O Santander pediu ao Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro a suspensão das garantias obtidas pela Americanas ao conseguir iniciar sua recuperação judicial. O banco também solicita que o processo deixe de tramitar no Rio de Janeiro e vá para São Paulo, onde a varejista “concentra seus negócios”.
Na prática, a instituição defende que a Justiça reverta a ordem de “preservação de todos os contratos necessários à operação do Grupo Americanas, inclusive linhas de crédito e fornecimento”.
O Safra também acionou a Justiça para interromper a recuperação judicial, mas a demanda foi negada pela desembargadora Leila Santos Lopes, do TJ-RJ. A decisão foi divulgada nesta terça-feira 24 pelo jornal Valor Econômico.
Na última quinta 19, o juiz Paulo Assed Estefan, da 4ª Vara Empresarial da Comarca do Rio de Janeiro, aceitou o pedido de recuperação judicial apresentado pela Americanas, que declarou dívidas de 43 bilhões de reais.
Desde o início do mês, a companhia tenta sair de uma espiral de problemas após a revelação de um rombo de 20 bilhões de reais em balanços de 2022 e de anos anteriores. A Americanas recorreu à Justiça para evitar que os bancos antecipassem a execução de dívidas.
Há, ao todo, sete procedimentos abertos pela Comissão de Valores Mobiliários para investigar a Americanas e seus administradores. Em um deles, a força-tarefa da autarquia decidiu mirar, também, os chamados “acionistas de referência”: os bilionários Jorge Paulo Lemann, Beto Sicupira e Marcel Telles.
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