O presidente Jair Bolsonaro cometeu um ato falho nesta quarta-feira 27 em meio a ataques ao ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal, durante uma cerimônia no Palácio do Planalto.
O ex-capitão mirava a investigação da Polícia Federal sobre sua conduta ao divulgar, em transmissão nas redes sociais no ano passado, um inquérito sigiloso para levantar suspeitas infundadas sobre o sistema eleitoral.
“Não era sigiloso. Mente o ministro Barroso quando diz que era sigiloso, mente. Uma vergonha. Para as Forças Armadas, se um militar mente, acabou a carreira dele. O cabo não sai sargento, o subtenente não sai tenente, o coronel não sai general. Não tem prescrição para isso. E temos um chefe do Executivo que mente“, disse Bolsonaro nesta quarta.
A Polícia Federal e a Procuradoria-Geral da República divergiram da condição do inquérito. A PF diz que o material não podia ser compartilhado, porque estava sob sigilo, e concluiu que Bolsonaro cometeu crime. Já a PGR alegou que a investigação era pública e inocentou o presidente. Em fevereiro, o jornal O Globo solicitou à 12ª Vara Federal do Distrito Federal uma cópia do processo publicado por Bolsonaro. O pedido, porém, foi negado, sob o argumento de que a investigação é sigilosa.
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