A Polícia Militar de São Paulo estimou em 125 mil pessoas o público na Avenida Paulista durante o ato bolsonarista deste 7 de Setembro, marcado por pautas antidemocráticas e ameaças golpistas do presidente.
Na última quinta-feira 2, Jair Bolsonaro disse que esperava uma multidão de 2 milhões de apoiadores na manifestação.
“Ninguém precisa temer o 7 de setembro. Eu já falei que, se Deus quiser, eu estarei aqui na Esplanada e usarei da palavra. Como logo depois tenho um compromisso em São Paulo, dia 8, pretendo ocupar um carro de som na Paulista, que deve ter uns 2 milhões de pessoas. Pelo que tudo indica, vai ser um recorde de pessoas”, afirmou em transmissão ao vivo nas redes sociais.
No discurso desta terça, o presidente reiterou as ameaças golpistas contidas em pronunciamento na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, e os ataques ao Poder Judiciário.
Ele atacou diretamente o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, que o incluiu no Inquérito das Fake News a pedido do Tribunal Superior Eleitoral. Moraes também determinou a prisão de aliados de Bolsonaro, como o deputado federal Daniel Silveira (PSL-RJ) e o presidente do PTB, Roberto Jefferson.
“Não se pode permitir que um homem apenas turve a nossa liberdade. Dizer a esse ministro que ele tem tempo ainda para se redimir, tem tempo ainda para arquivar seus inquéritos. Sai, Alexandre de Moraes, deixa de ser canalha, deixa de oprimir o povo brasileiro, deixa de censurar”, afirmou o presidente da República. Ele também estimulou a desobediência a decisões do STF.
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