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‘Arma mata, mas carros e médicos também matam’, diz Bolsonaro ao criticar Arcebispo de Aparecida
Em 12 de outubro, dom Orlando Brandes declarou que ‘para ser Pátria amada, não pode ser Pátria armada’


O presidente Jair Bolsonaro voltou a defender o armamento da população nesta quinta-feira 14, durante transmissão ao vivo nas redes sociais.
O ex-capitão mencionou as declarações do Arcebispo de Aparecida (SP), dom Orlando Brandes, em missa no feriado de 12 de outubro. Na ocasião, o religioso afirmou que o Brasil, “para ser Pátria amada, não pode ser Pátria armada”.
“Na missa em que eu estava presente, ele não falou isso daí. Se ele quisesse falar poderia? É um direito dele de falar, de ser desarmamentista. Só queria que ele respondesse o que usa o segurança do Papa. Usa flores ou armamento pesado?”, questionou Bolsonaro na live.
“Respeito qualquer crítica. Agora, se eu não gosto de andar a cavalo, não vou proibir todo mundo de andar a cavalo. Arma mata? Mata. Carro também mata. Um médico também pode matar, um militar também pode matar. Isso acontece”.
No feriado, dom Brandes ainda declarou: “Para ser Pátria amada seja uma Pátria sem ódio. Para ser Pátria amada, uma Pátria, uma República sem mentiras e sem fake news, sem corrupção. É Pátria amada com fraternidade. Todos os irmãos construindo a grande família brasileira”.
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