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‘Para ser pátria amada não pode ser pátria armada’, diz arcebispo durante missa em Aparecida

Sem citar Bolsonaro, Dom Orlando Brandes também criticou as fake news e a corrupção e apoiou a Ciência e as vacinas

Créditos: EBC Créditos: EBC
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O arcebispo de Aparecida, Dom Orlando Brandes, criticou a presença de armas na sociedade durante missa para celebrar a padroeira Nossa Senhora de Aparecida. “Para ser pátria amada, não pode ser pátria armada”, disse.

“Para ser pátria amada seja uma pátria sem ódio. Para ser pátria amada, uma república sem mentira e sem fake news. Pátria amada sem corrupção. E pátria amada com fraternidade. Todos irmãos construindo a grande família brasileira”, completou o religioso durante o sermão.

Ainda durante a missa, o arcebispo defendeu a Ciência e a vacina, sobretudo durante a pandemia. “Mãe Aparecida, muito obrigado porque na pandemia a senhora foi consoladora, conselheira, mestra, companheira e guia do povo brasileiro que hoje te agradece de coração porque vacina sim, ciência sim e Nossa Senhora Aparecida junto salvando o povo brasileiro”.

Sem citar o seu nome, não é a primeira vez que Brandes toca em temas caros ao presidente Jair Bolsonaro, que é defensor de armar a população e negou as recomendações sanitárias e a vacina ao longo da pandemia.

Em 2020, Dom Orlando Brandes criticou a volta da impunidade e também as queimadas em biomas como Amazônia e Pantanal. Já em 2019, o sermão criticou o “dragão do tradicionalismo” e disse que a “direita é violenta e injusta”.

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