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Após ascensão de Bolsonaro, número de grupos neonazistas cresceu no País

Monitoramento revela que, de 2015 a maio de 2021, células neonazistas saltaram de 75 para 530 no País

Bolsonaro ao lado de Beatrix Von Storch, neta do ministro de Finanças do regime nazista, Lutz Graf Schwerin von Krosigk. Foto: Reprodução
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Desde de que o presidente Jair Bolsonaro foi eleito para o cargo, em 2018, o número de células neonazistas aumentou no País. As informações constam em matéria do jornal Folha de S.Paulo, publicada neste domingo 15.

Um levantamento feito na Central de Denúncias de Crimes Cibernéticos da plataforma Safernet Brasil mostra que em 2020 foram contabilizadas 9004 denúncias sobre conteúdo de apologia do nazismo nas redes. Em 2015, foram 1282 casos.

O ano de 2020 registrou ainda o recorde histórico de novas páginas de conteúdo neonazista e também o maior número de páginas removidas da internet por conta de conteúdo ilegal ligado às ideias do regime de Adolf Hitler.

Um monitoramento feito pela antropóloga Adriana Dias revela que, de 2015 a maio de 2021, células neonazistas saltaram de 75 para 530 no País.

“A fala de Bolsonaro é inflamatória. Suas práticas e discursos são determinantes para a ação e manifestação desses grupos tanto na internet quanto fora dela”, avalia a antropóloga ao jornal.

No mês passado, ela encontrou em seus arquivos uma carta do então deputado federal Bolsonaro publicada em 2004 em um site neonazista.

O número de inquéritos que investigam o crime de apologia do nazismo no âmbito da Polícia Federal também aumentaram, no mesmo período, de apenas 6 em 2015 para 110 em 2020, segundo dados revelados pelo jornal O Globo.

O crescimento das investigações desse tipo de crime, informa a publicação, foi de 59%.

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