CartaExpressa
Ao espernear contra manifesto, governo Bolsonaro mostra que precisa da crise, diz presidente da OAB
Para Felipe Santa Cruz, não importa quem assina o texto, ‘que pede serenidade e pacificação’
O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, Felipe Santa Cruz, criticou nesta segunda-feira 30 a postura do governo de Jair Bolsonaro em relação a um manifesto da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo que pede a pacificação entre os três Poderes. O ministro da Economia, Paulo Guedes, é um dos que reclamaram do texto.
Segundo o ministro, a divulgação está suspensa e “alguém” da Federação Brasileira de Bancos – signatária do manifesto – teria transformado o documento em um ataque ao governo.
“Quando o Governo esperneia contra um manifesto – independentemente de quem assina – que pede serenidade, diálogo e pacificação política, só é possível concluir que se quer, na verdade, o contrário. O Governo quer a crise. Precisa da crise que criou”, escreveu Santa Cruz nas redes sociais.
Nesta segunda, horas depois da declaração de Guedes, a Febraban emitiu uma nota de esclarecimento em que desmente o ministro. No texto, a federação destaca que o manifesto articulado pela Fiesp e “elaborado por representantes de diversos setores, inclusive o financeiro”, buscava harmonia, não atacar o governo ou fazer oposição à política econômica.
Quando o Governo esperneia contra um manifesto – independentemente de quem assina – que pede serenidade, diálogo e pacificação política, só é possível concluir que se quer, na verdade, o contrário. O Governo quer a crise. Precisa da crise que criou.
— Felipe Santa Cruz (@felipeoabrj) August 30, 2021
Um minuto, por favor…
O bolsonarismo perdeu a batalha das urnas, mas não está morto.
Diante de um país tão dividido e arrasado, é preciso centrar esforços em uma reconstrução.
Seu apoio, leitor, será ainda mais fundamental.
Se você valoriza o bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando por um novo Brasil.
Assine a edição semanal da revista;
Ou contribua, com o quanto puder.