Na véspera de um encontro com o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), se reuniu nesta terça-feira 8 com o presidente Jair Bolsonaro (PL) no Palácio da Alvorada.
Após a agenda, que durou cerca de 30 minutos, Lira deixou o local sem conversar com jornalistas.
O deputado é aliado de Bolsonaro, mas pode se converter em figura-chave para o novo governo, caso Lula opte pela chamada PEC da Transição como caminho para, entre outras coisas, garantir o novo Bolsa Família de 600 reais.
Lula, que chega a Brasília nesta terça, também tem encontros marcados com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e com a presidente do Supremo Tribunal Federal, Rosa Weber.
Como mostrou CartaCapital, a resposta final sobre como garantir o cumprimento de promessas de campanha seria dada nesta terça, mas foi adiada porque o tema ainda divide opiniões entre aliados de Lula. A ala que defende a opção pela PEC se apega ao discurso da segurança jurídica, embora o tempo de tramitação seja desfavorável. Para ser aprovada, são necessários 308 votos na Câmara e 49 no Senado em dois turnos. Já a MP seria mais rápida, mas poderia ser alvo de contestação sob o risco da prática de pedalada fiscal, artifício usado para o impeachment da ex-presidenta Dilma Rousseff (PT) em 2016.
Para proteger e incentivar discussões produtivas, os comentários são exclusivos para assinantes de CartaCapital.
Já é assinante? Faça login