Ex-presidente do Novo e ex-candidato à Presidência da República, o empresário João Amoêdo criticou a mobilização de seu partido para abrir uma Comissão Parlamentar de Inquérito contra o Tribunal Superior Eleitoral e o Supremo Tribunal Federal.
A iniciativa partiu do deputado federal Marcel van Hattem (Novo-RS). Segundo ele, 181 deputados assinaram o requerimento – 10 a mais que o mínimo necessário. Deputados bolsonaristas se referem ao colegiado como “CPI do Abuso de Autoridade”. Trata-se, porém, de uma tentativa de reagir especialmente a decisões de Alexandre de Moraes, presidente do TSE e ministro do STF.
“É inaceitável o Novo liderar o pedido de CPI contra o STF e o TSE nesse momento. Uma ação que tem como objetivo incentivar a manutenção de manifestações golpistas e tumultuar a democracia. O partido descumpre seu estatuto e se distancia ainda mais dos princípios da sua fundação”, escreveu Amoêdo nas redes sociais.
No pedido de instalação, van Hattem menciona diretamente duas determinações de Moraes: a que autorizou uma operação policial contra empresários defensores de um golpe para impedir a posse de Lula (PT) e a que ordenou o bloqueio das contas de 43 empresas e empresários suspeitos de financiar atos golpistas.
“É urgente que a Câmara dos Deputados, autêntica representante do povo brasileiro, exerça suas competências constitucionais para fazer cessar todo e qualquer autoritarismo advindo do Poder Judiciário, que vem ferindo de morte o Estado de Direito e instalando no país um verdadeiro Estado de Exceção, violando direitos constitucionais e garantias fundamentais”, alega o deputado do Novo.
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