O presidente Lula (PT) confirmou nesta quinta-feira 11 a escolha do ministro aposentado do Supremo Tribunal Federal Ricardo Lewandowski para comandar, a partir de 1º de fevereiro, o Ministério da Justiça e da Segurança Pública.
Antes de Lewandowski, o último caso de um ex-juiz do STF nomeado para a Esplanada dos Ministérios havia sido o de Nelson Jobim, que deixou a Corte em março de 2006 e assumiu o Ministério da Defesa em 2007, no segundo mandato de Lula.
Em 1992, sob o governo de Fernando Collor, Célio Borja se tornou ministro da Justiça dias depois de se aposentar do Supremo. Dois anos antes, o então presidente já havia nomeado Francisco Rezek para as Relações Exteriores.
O caso de Rezek é singular: foi nomeado para o STF em 1983 pelo presidente João Figueiredo, o último da ditadura militar. Em 1990, pediu exoneração do cargo e ingressou no governo Collor. Dois anos depois, em um movimento inusitado, retornou ao Supremo, por indicação de Collor, e permaneceu no tribunal até 1997.
Lewandowski tomará posse no Ministério da Justiça no lugar de Flávio Dino, que, por sua vez, assumirá no final do mês que vem uma cadeira no STF. Deixar um cargo no governo federal para chegar à Corte é algo mais comum: na atual formação do Supremo, fizeram esse movimento Gilmar Mendes, Dias Toffoli, Alexandre de Moraes e André Mendonça.
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