AGU vai investigar redes de desinformação sobre a Ilha do Marajó

O anúncio foi feito pelo ministro da Advocacia Geral da União, Jorge Messias, após o tema de supostas violações a crianças voltar às redes sociais

Ilha do Marajó, no Pará, é alvo de fake news. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

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O ministro da Advocacia Geral da União, Jorge Messias, anunciou, neste sábado 24, que o órgão vai investigar redes que estejam espalhando desinformação acerca da Ilha do Marajó, no Pará.

“Determinei à @AdvocaciaGeral que atue imediatamente na identificação de redes de desinformação, que criam desordem informacional sobre a Ilha de Marajó”, escreveu o ministro em suas redes sociais.

“Os marajoaras merecem respeito e um tratamento digno de todo o Poder Público. O Governo Federal está empenhado em apurar denúncias sérias para desarticular redes de tráfico humano e exploração sexual e infantil em todo o território nacional. Protejamos as nossas crianças sem a propulsão de notícias falsas!”, completou.

O tema da exploração sexual infantil voltou a ser pauta após a música “Evangelho de Fariseus”, da cantora gospel Aymeê, viralizar na internet ao citar diretamente o arquipélago paraense e supostas violações de direitos humanos. A cantora chegou a falar ser normal casos de tráfico de órgãos no local, o que foi rebatido por promotores do Ministério Público Federal que apontaram que “não há qualquer notícia de crimes relacionados a tráfico de órgãos”.

O assunto também acabou sendo explorado novamente pela senadora Damares Alves (Republicanos-DF) que, quando ministra, chegou a falar sobre supostas práticas de mutilação de crianças na região, o que não foi comprovado. O MPF o MPF alegou propagação de fake news, exigindo retratação pública e uma indenização de 5 milhões de reais por danos sociais e morais à população do arquipélago.

Também pautou muitos influencers nas redes sociais que fizeram alertas para uma suposta situação de violações às crianças e acabaram, também, publicizando o trabalho de assistência de algumas organizações, como a do Instituto Akachi, entidade evangélica que faz “missões” no Marajó e que possui ligações com bolsonaristas evangélicos.


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